São Paulo – O Banco Central subiu ontemo juro básico da economia brasileira, a taxa Selic, em 0,50 ponto percentual, para 8% ao ano. É a segunda alta seguida da taxa. O aumento foi maior que a principal aposta dos economistas, de elevação de 0,25 ponto percentual, replica orologi di lussoe contrasta com o crescimento da economia abaixo do previsto no primeiro trimestre.
O aperto monetário é fundamentado no atual cenário de pressão inflacionária. A divulgação, ontem, do avanço de 0,6% no PIB dos três primeiros meses, ante previsão de 0,9%, havia reforçado, contudo, a hipótese de uma elevação mais branda na decisão do Copom (Comitê de Política Monetária).
A alta de juros é um instrumento usado pelo governo para conter o consumo, uma vez que o crédito (tanto empréstimos em instituições financeiras quanto parcelamentos em lojas, por exemplo) fica mais caro. E, com menos demanda, a inflação tende a ceder.
Nas duas últimas semanas, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou, em duas ocasiões, que a instituição fará o possível para reduzir a inflação, que hoje está em 6,49%, bem acima do centro da meta, de 4,5%.
E para o consumidor, que diferença isso faz?
É a Selic que dá a medida das outras taxas de juros usadas no país: do cheque especial, do crediário, dos cartões de crédito, da poupança. É a partir dela que os bancos calculam quanto cobrarão de juros para conceder um empréstimo. Quanto menor a Selic, mais "barato" fica para o consumidor fazer um empréstimo ou comprar a prazo.
Mas essa relação não é direta. Quando halpoja laukkuja o Banco Central reduz a Selic, essa queda demora a chegar ao consumidor. Isso acontece porque os bancos também cobram, em forma de juros, impostos (IOF), inadimplência, seus custos e seu lucro. Essa diferença entre o que o banco paga ao tomar um empréstimo e o que ele cobra ao conceder um empréstimo é o chamado "spread bancário".